terça-feira, janeiro 24, 2012

Já não está entre nós…


Já alguma vez sentiram tanto a falta de alguém que até vos deu vontade de chorar? Eu já.

Há um paralelismo inerente entre alguém que foi o nosso mundo no passado e que, por algum motivo, não faz parte do nosso presente e a morte de um ente querido.
Pois é possível as saudades que sentimos por alguém cujo corpo ainda vagueia neste planeta serem do mesmo tipo daquelas que sentimos por alguém que deixou de estar fisicamente entre nós.

Em ambos os casos as pessoas já só existem nas brumas da nossa memória. E, comparando a angústia que se sente quando se está perto do invólucro de alguém que em tempos idos foi o nosso azimute só para constatar que nada resta da sua essência com a tristeza causada pelo vazio que só a morte causa nos vivos, quase somos tentados a pensar que esta última até nos apazigua a alma.

Em ambos os casos somos assolados por uma tristeza causada pelas saudades dos momentos que não será possível partilhar no futuro. Mas é impossível viver o presente (que é mesmo o que o seu nome indica) e alcançar o futuro (que já me deixa tão feliz!) sem largarmos o lastro em que algumas coisas do nosso passado se tornam.

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